quarta-feira, 3 de março de 2010

A insalubridade dos narcisos

Os sexos tombados
à ingratidão
dos homens

Os sabres desembainhados
vergando-se à forja
da insensatez

Os sábios,
sabiamente calados
à incompreensão

Era a tinta seca,
a cal em pedra,
o sangue escorrido

O minério
que decididamente
se agarrava à terra

A espécie que fenecia

E tu…
Ao espelho
Um pente
Sorridente
Um dente d’oiro
Ensaiando poses
Não foges de ti

Eu curvo-me
E vomito
O pouco que resta de mim

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