sábado, 4 de dezembro de 2010

No teu olhar

No teu olhar

No teu olhar vi

O mar

Vi no teu mar

Um pássaro preso

Que fizeras voar

Na liberdade vi

Caixas de música

Que embalavam

Pequenas bailarinas

No teu olhar

Carrinhos alinhados

Filas de soldadinhos

Vi saltos, correrias vi

Um queixo raspado

No teu olhar

E vi um menino

Um toque na campainha

Um Podes brincar?

Umas sapatilhas velhas, ou vividas

Um giz desfeito

Um tijolo, um caco

Um saco de búzios

Sem vida

Do mar

Vi livros e lápis

Riscar papel

Apagar, com cuspo

Passar borracha

Rasgar

Vi chorar

O teu olhar

E porque te vi chorar

Te beijo agora

A sorrir

No teu olhar vi

O mar

No teu mar

Um luar e uma rede

De embalar

O meu olhar

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Locais que nos inspiram


Aguarela, 23x30, 200gr
Aguarela, 24x32, 450gr
Aguarela, 23x30, 200gr
Aguarela, 24x32, 450gr

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ainda bem que hoje fui à praia


Aguarela 30x42

terça-feira, 10 de agosto de 2010

24 x 32

Religião



A minha primeira abordagem ao tema:


21 x 18


30 x 45
40 x 15

Aguarelas 13 x 18

Alguns trabalhos recentes, feitos no exterior.










Gato

Estas férias estive num sítio inspirador. Não pintei quanto imaginava, mas ainda fiz uns trabalhos e trouxe ideias para outros. Este gato está pintado em cartão. Não é adequado para aguarelas, mas tem uma textura muito interessante.

Aguarela sobre cartão, 23 x 30

sábado, 31 de julho de 2010

Um dia tive um Subaru

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Pai desenha filho, que desenha pai

Hoje fomos à Praia das Maçãs

e decidimos almoçar por lá.
Na toalha, onde antes despíramos um valente robalo, ficou agora impresso o momento.
Valeu.

E não é que o rapaz me surpreende?





Aproveitei e pintei um pouco...O scanner é que não estava para mais, nem eu.


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Receita - Crepes de chocolate

Crepes de chocolate

A vaca mergulhou na erva
O leite mergulhou no balde
O cacau mergulhou no crepe
Que mergulhou na barriga dos meninos

O papá mergulhou na escola
E mergulhou a massa na frigideira
E o crepe no prato
Antes de saltar para a barriga dos meninos

A Rosa mergulhou a farinha no leite
E os ovos
Mergulharam mais o sal e o azeite, tudo isto
Antes de saltarem para a barriga dos meninos

Depois veio a noite
E todos mergulharam na cama
Os sonhos mergulharam na cabeça dos meninos
E todos mergulharam no chocolate

Quando tiveram frio
Taparam-se com crepes

Por ocasião dos festejos do dia da família, na escola da pequena Conchinha.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Praia Pequena

12x17 (x2). Papel não específico para aguarela (aliás, nada mesmo).
Desenho feito em casa. Como se vê, poderia ter mais informação.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Esperar

Esperar é algo que só recentemente aprendi a fazer.
Saber esperar é uma grande virtude, acredito.

Por vezes, enquanto espero, vejo-me, outras penso-me. Outras, ainda, desenho-me.








sábado, 15 de maio de 2010

A onda gigante

Paulo subira na vida a pulso
Veio a onda gigante
E só ficou com os pulsos
Que acabou por cortar

Pedro fez a casa da sua vida
Veio a onda gigante
E da sua vida restaram umas pedras
Sob as quais acabariam por o enterrar

Ezequiel, viúvo, dois filhos
Veio a onda gigante
Valeu-lhe o mais velho que pagou as exéquias
O outro era artista, comprou flores

Dinis trabalhava duro
Veio a onda gigante
E foi mesmo duro que deram com ele

João rezava sempre
Veio a onda gigante
E de joelhos pede-se paz à sua alma

Maria da Felicidade tinha tudo para ser feliz
Veio a onda gigante
Depois, como imaginam
Foi-se

Simão amava o mar
No sinistro dia descansava
E não apanhou a onda gigante
Antes foi por ela apanhado
Como os demais

Os poetas foram crianças

Três homens seguiam por uma estrada
O primeiro foi para a esquerda
O segundo, para a direita
O terceiro foi poeta

Três mulheres seguiam por uma estrada
Uma foi para a esquerda
A segunda, para a direita
E a outra foi poeta

Três crianças seguiam por uma estrada
A primeira foi para a esquerda
A segunda, para a direita
A outra foi poeta

Três poetas seguiam por uma estrada
Um foi o homem de que falámos
Outro, a mulher
E o último destes, foi criança

Aliás todos os três poetas
Foram crianças

Não quero endireitar o mundo

Tenho tudo o que havia antes de adormecer. Tenho até sono
Que importa se a terra gira?
Já ontem o fazia…
Eu seguia o meu caminho
E em pé, como deitado, não caía

Não quero endireitar o mundo
Nem sou necessário
Sem missão, apenas sonho

O vento forte levanta tudo.
De uma só vez
Vão mesas e cadeiras. Voam
Observo as copas
E sou a felicidade das aves
Sou a alegria da aranha
Que levitando vai
Assim, mas sem teia, eu.

Daqui vejo um senhor
(certamente avô, ou melhor,
Com óculos e cabelo de avô)
O senhor, dizia
Faz as palavras cruzadas
E lê as novas do dia.
Recusa-se a crer que voou
O avô.

Sobe, senhor, sonha, avô
(Antes um realista, que a solidão
Aqui, onde estou)

O cão, incrédulo, ladra
O cinzeiro recebe a cinza
E eu…
A verdade?
Sim, que sonho por aí…
Que voo em busca da verdade
Sim, que tenho a força de endireitar o mundo
Mas a realidade é que
Não quero

quinta-feira, 13 de maio de 2010

29.06.09 - A cidade

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Um pouco de alentejo


Infantil


terça-feira, 4 de maio de 2010

03.2010

Peguei numa esferográfica, num caderno barato e numa pequena cx de aguarelas e
Fiquei muito satisfeito com as experiências.




16.03.2010




FP



aguarela em papel de 200gr, de caderno 14x21cm

14.09.2009



aguarela em folha de 200gr em caderno 14x9cm

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Piscina I

Sinto que este tema não se esgota, tal é o seu potencial.

Estudo rápido, num caderno Moleskine, 9x14 (2 folhas), com lápis de cor aguareláveis

domingo, 4 de abril de 2010

Fotografia

Nem sempre as fotos resultam como as idealizamos. Deitá-las fora não é solução.
Ontem resolvi pegar em algumas nessa situação e transformá-las. Acabei por gostar do resultado.








domingo, 7 de março de 2010

2 desenhos


Fumar mata?