quinta-feira, 30 de julho de 2009

Luso, não Lusíada

Hoje vi um cardume de peixes
Dei-lhes um pouco de pão e sorri
Mas não os tomei como meus
Nem lhes roubei o mar
E todos os aquários ficaram vazios

Todos os aquários ficaram vazios
Ainda que fales das espécies que nasceram para viver em aquários
E vejo-os no mar. Rio
Ainda que não me saibam responder

A minha língua é minha e
Ainda que não os encontre na missa
Esta é a minha riqueza
E o mar nunca será meu.

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