quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Ausência Natalícia

Pois é!

Tenho estado muito ausente...estive doente, com uma gripe familiar, que nem me deixou curtir o Natal - e aqui está o mote para algo que pretendo explorar muito em breve - talvez já a seguir - o Natal - a festa dos presentinhos.
Lamentavelmente, preparei o meu equipamento para fotografar os montes de lixo acumulado à volta dos caixotes cheios, pensando que era este ano que ía assassinar o Natal, mas faltaram-me as forças, pois já o Natal me havia dado um tiro bem certeiro - estava de rastos .
Mato o próximo, não faz mal!
De qualquer forma é extremamente difícil criticar o Natal sem dizer uma enormidade de frases feias e gastas.
...tento ainda recuperar e vou ao Google (agora, a propósito de Google, deixo o aviso - NUNCA pesquisem a palavra Google, no Google - as consequências até ao momento conhecidas, são suficientemente assustadoras para que alguém, senão todo o planeta pague(m) por...enfim...) vou ao Google, dizia eu e pesquiso o conjunto de palavras "natal caixote lixo" - obtendo tudo menos o que queria - sim, tudo - uma tipa descascada, posando dentro de um caixote e uma mala de senhora despejada, numa exibição, que realmente me fez recordar as palavras caixote e lixo - também aqui o Natal estava a mais...
Talvez se falar do novo ano que aí vem, pois o que lá vai, pouco ou nada interessa.

É isso! Falo do Ano Novo!
Mas agora é tarde. Só se for amanhã.


Entretanto, não se esqueçam que a partir do dia 1, passa a ser proibido fumar em alguns locais, destacando agora um, ainda que não seja o mais importante, na minha opinião - em parques subterrâneos - se gostava de fumar em parques subterrâneos, aproveite bem, porque vai deixar de o poder fazer.
Pois é, a pouco e pouco a vida vai-se extinguindo nos parques subterrâneos: foram os meios queijos não embalados, o leitão em vitrine e agora o fumo...maldita Europa.
Amanhã falamos, se ainda estiver revoltado!
Em forma de satisfação aos vários leitores que pensam que os engano, justifico a minha ausência com uma descrição da minha doença - minha não, pois somos uma família de 4 e o adivinhado contágio familiar mais uma vez creditou. Por sorte fomos vistos por 5 médicos diferentes e acabámos por nos divertir, pois tivemos:
1 gripe;
1 escarlatina;
1 bronquiolite;
1 intoxicação por produtos químicos;
1 indecisão.
só o miúdo não riu, pois acabou por conhecer os dissabores de uma injecção de penincilina no traseiro, que ainda hoje não recomenda!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

conversa entre dois sobreiros que adoram a solidão




I


Copa escura,
meu tronco nu, elegante.
o trigo me aconchega. As estevas...
me alimentam folhas caídas,
formigas, terra lavrada, torrões,
tudo me alimenta, e nada. Nada!





II



cal,
cuco,
ocre,
negro,
me visitam
ondulantes, do calor
mas estáticos! Majestáticos!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Árvores do Alentejo



Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte

E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!




Florbela Espanca

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

o tratado renovador


Mais um dia ganho...Agora somos mais iguais, como já hoje ouvi dizer.


Não sou pessimista mas, não acredito num sistema em que o próprio Estado já não consegue cumprir, nos seus serviços, a legislação que importa. É um banho de progresso, mas numa praia sem bandeira azul.


A propósito, estando a ASAE em greve (por falta de condições de trabalho), quem é que vai fiscalizar se o Mosteiro dos Jerónimos fica como estava?

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O pote rachado

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade.
Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer.
Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço:
- Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas.
- Por quê?, perguntou o homem. - De que você está envergonhado?
- Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote.
O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
- Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.
De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote:
- Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho??? Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava??? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.

Desculpem...é um puro copy paste. Na verdade eu tenho sido o meu único visitante...Sou o pote rachado...

domingo, 9 de dezembro de 2007

ao Sol


F=GmM/d2
é a força com que caio na terra, ao pôr-se o Sol
e com ela me ergo diariamente, a gravidade
é a equação de uma vida inteira,
o equilíbrio entre levitar e cair.
É uma dança subtil,
leve e linda se aprendida.
No chão, porém
Galileu Galilei e a sua estúpida lei da inércia divertem-se

com o meu corpo.

Ainda bem que o Sol nasce sempre...
e a dança continua.




sábado, 8 de dezembro de 2007

sem inspiração



domingo, 2 de dezembro de 2007

Saudação ao Sol II

Eu sei que devemos saudar o Sol nascente...

sábado, 1 de dezembro de 2007

ilusão



A realidade é apenas uma ilusão, ainda que muito persistente

Albert Einstein