Pois é!
Tenho estado muito ausente...estive doente, com uma gripe familiar, que nem me deixou curtir o Natal - e aqui está o mote para algo que pretendo explorar muito em breve - talvez já a seguir - o Natal - a festa dos presentinhos.
Lamentavelmente, preparei o meu equipamento para fotografar os montes de lixo acumulado à volta dos caixotes cheios, pensando que era este ano que ía assassinar o Natal, mas faltaram-me as forças, pois já o Natal me havia dado um tiro bem certeiro - estava de rastos .
Mato o próximo, não faz mal!
De qualquer forma é extremamente difícil criticar o Natal sem dizer uma enormidade de frases feias e gastas.
...tento ainda recuperar e vou ao Google (agora, a propósito de Google, deixo o aviso - NUNCA pesquisem a palavra Google, no Google - as consequências até ao momento conhecidas, são suficientemente assustadoras para que alguém, senão todo o planeta pague(m) por...enfim...) vou ao Google, dizia eu e pesquiso o conjunto de palavras "natal caixote lixo" - obtendo tudo menos o que queria - sim, tudo - uma tipa descascada, posando dentro de um caixote e uma mala de senhora despejada, numa exibição, que realmente me fez recordar as palavras caixote e lixo - também aqui o Natal estava a mais...
Talvez se falar do novo ano que aí vem, pois o que lá vai, pouco ou nada interessa.
É isso! Falo do Ano Novo!
Mas agora é tarde. Só se for amanhã.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Ausência Natalícia
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Carlos
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27.12.07
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terça-feira, 18 de dezembro de 2007
conversa entre dois sobreiros que adoram a solidão
meu tronco nu, elegante.
o trigo me aconchega. As estevas...
me alimentam folhas caídas,
formigas, terra lavrada, torrões,
tudo me alimenta, e nada. Nada!
II
cal,
cuco,
ocre,
negro,
me visitam
ondulantes, do calor
mas estáticos! Majestáticos!
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Carlos
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18.12.07
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domingo, 16 de dezembro de 2007
Árvores do Alentejo
Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte
E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!
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Carlos
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16.12.07
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
o tratado renovador
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Carlos
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13.12.07
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terça-feira, 11 de dezembro de 2007
O pote rachado
Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade.
Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer.
Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço:
- Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas.
- Por quê?, perguntou o homem. - De que você está envergonhado?
- Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote.
O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
- Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.
De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote:
- Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho??? Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava??? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.
Desculpem...é um puro copy paste. Na verdade eu tenho sido o meu único visitante...Sou o pote rachado...
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Carlos
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11.12.07
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domingo, 9 de dezembro de 2007
ao Sol
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Carlos
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9.12.07
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