Naquela noite
O amor
Eram as velas
E suas valsas ao sopro da brisa
Naquela noite
O amor
Eram os pés
Que se tocavam sem intenção
Naquela noite
O amor
Eram as mãos
Que se embalavam ao toque do vinho
A luz
As mãos
O verde
A valsa
O veludo
O vinho
O branco
As fragrâncias
E lá fora, Arcturus
Eram o amor
Naquela noite
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Arcturus
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Carlos
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19.8.09
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Etiquetas: Poesia
Sol poente
Eu queria ser o pôr-do-sol
Encher o céu de cores
Todo o espaço meu, por colorir
E sempre ser nova composição
Sem qualquer impedimento
Ou restrição
Brincar às silhuetas
Com as árvores e os moinhos
Contigo, meu amor
Brilhar por entre ramos
Nos regatos
Inundar os rios
E os oceanos
Neste momento passa no horizonte
Uma águia
Foi o sol que mo mostrou
Deixei-me enfeitiçar
E planei com ela
E com todas as aves do mundo
Voei contigo
E mais não te sei dizer
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Carlos
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19.8.09
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segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Coisas que não rimam…e outras
Em Agosto
O plástico não rima com a praia
Como o sol não rima com duas inglesas
Que o absorvem sofregamente
Por outro lado, no pico do calor
Minh’alma encontra-se com as manadas
Cujos sons percorrem as longínquas planícies.
À tardinha, em bandos
Os pássaros, pardais ou andorinhas
Rimam entre a copa de uma laranjeira
E o céu azul.
À noite dou por mim rendido aos grilos
Até que por fim
Me deixo ir
Perdido,
Em sonhos,
Que nem sempre rimam comigo
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Carlos
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17.8.09
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Etiquetas: Poesia
A chaminé
Alta e imponente
Não estás mais próxima do céu
Nem por isso és branca
É o pouco que sei sobre ti
Não porque mo tenha dito uma andorinha
Talvez até tenha sonhado tudo isto
Todavia as andorinhas são reais
E também tu és real
E apontas ao céu
Ao sul
Rumarão as andorinhas
Quando a estação acabar
Nós viemos agora
À cíclica peregrinação
Como um outro ciclo do sol
Esse, o sol, no céu
O sul na terra
E o azul que parece que compõe todas estas coisas que nos fazem felizes
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Carlos
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17.8.09
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