Naquele velho bairro
Chegavam todos à noite
Subiam em sombrios elevadores
Que os deixavam em casa
Em baixo vendiam-se as primeiras doses…
Raramente se cruzavam
Mas ambos sabiam o que era uma gravata.
Sabiam que erravam uns
E os outros
Sabiam que trocavam o confronto pelo conforto
Apenas para alimentar a sua máquina insaciável.
Naquele velho bairro
Sempre a fugir
Raramente se cruzavam
Ainda que partilhando os remédios para os seus males.
E ambos sabiam o que era uma gravata.
sábado, 6 de dezembro de 2008
O meu bairro
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