quarta-feira, 3 de março de 2010

Cinzas

Se te esquecesses
Dos tempos futuros
Em que tudo é nada…
Saberias tudo

Entretanto
O teu cinzeiro
Fala-me de ti
Apresenta-me a tua insanidade,
Néscio sabedor.
Encontro as palavras
Que não escreves
Os versos que não gritas
Os verdadeiros poemas
Que nunca lerei
E fumo, também
Um cigarro e outro

Se descrevesses
O meu passado
Em que sabia tudo…
Saberias nada

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