terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Sonhos

Ao longe oiço o resmalhar da selva de bambús
A humidade penetra-me os ossos
As pernas atascam-se em humus
Sou só eu
Sozinho
Guinchos e novo resmalhar
Como de serpentes
Está quente aqui, penso
Quente e húmido
Estou tão confuso

Agora um emaranhado de jornalistas
Cercam-me com perguntas
E flashes
E objectivas
Grandes lentes
E nada disto é objectivo
Sufoco aqui, desterrado
Seca-me a garganta, agora
Como pode ser?

Imundo
O mundo que se enraíza em mim
Fétido, penso
Aliás, cheiro
E grito
BERRO!
Viro-me e levanto-me.
Seco-me numa toalha turca bem seca
E deito-me,
Desta vez
Numa bela praia
Que não existe.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem........


bj

Breizh